5 comentários em “MACHADO DE ASSIS

  1. Uma Carta, conto, 1884.

    “Celestina acordou tarde; ergueu-se ainda com o sabor das coisas imaginadas, e o pensamento no namorado, noivo próximo. Embebida na imagem dele, foi às suas abluções matinais. A escrava entrou-lhe na alcova.

    — Nhã Titina…

    — Que é?

    A preta hesitou.

    — Fala, fala.

    — Nhã Titina achou na sua cesta uma carta?

    — Achei.

    — Vosmecê me perdoe, mas a carta era para nhã Joaninha…

    Celestina empalideceu. Quando a preta a deixou só, Celestina deixou cair uma lágrima — e foi a última que o amor lhe arrancou.”

    Curtir

Deixe um comentário